Millôr Fernandes Millôr Fernandes nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923. Filho de um engenheiro, deveria ter se chamado Milton, mas a caligrafia do tabelião o […]
Millôr Fernandes nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923. Filho de um engenheiro, deveria ter se chamado Milton, mas a caligrafia do tabelião o fez Millôr. Ficou órfão de pai quando tinha 2 anos de idade. A mãe dele passou a sustentá-lo junto com mais 3 irmãos. Aos 12 anos perdeu a mãe e foi morar na casa de Antônio Viola, seu tio e grande incentivador, que o levou a publicar desenhos no periódico “O Jornal”.
Com 15 anos já se empregara como repaginador e contínuo na revista “O Cruzeiro”. A primeira oportunidade de exibir seu talento foi com a convocação para preencher o espaço vago de publicidade em quatro páginas da revista coirmã “A Cigarra”. Ele deu nome de “Poste-Escrito” ao conjunto do trabalho.
Millôr assinava como Vão Gôgo, alcunha que usaria inclusive em seu período áureo na revista O Cruzeiro, entre 1945 e início dos anos 60. Sua coluna “O Pif-Paf” (que depois viraria revista à parte, de vida breve) foi um dos carros-chefe da maior publicação nacional do período. Já confiante, assumiu seu nome de certidão.
Como desenhista, dividiu o primeiro lugar com o americano Saul Steinberg, em um concurso realizado na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires, em 1956. No outro ano, ganhou exposição individual em obras apresentadas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Millôr teve uma prolífica atuação como colunista da revista Veja, de 1968 a 1982, e em uma segunda fase, de 2004 a 2009. Ajudou a criar “O Pasquim”, o tablóide incendiário que fustigava a ditadura militar. Também atuou como dramaturgo e tradutor, nesta última atividade, traduziu obras de Shakespeare, Molieré, Brecht e Tennessee Williams.
Entre seus livros publicados, destacam-se “A Verdadeira História do Paraíso”, “O Humor nos Tempos de Collor”, “The Cow Went To The Swamp (A Vaca Foi Pro Brejo)”, “Tempo e Contratempo”, “Millôr Definitivo – A Bíblia do Caos” entre outros.
“Só louco rasga dinheiro? Bobagem. Nem louco rasga dinheiro! Experimente jogar uma nota de cinqüenta (ou mesmo de um!) num pátio de insanos. Vai ter briga para pegar!” “O ser humano só aprendeu a contar depois que o dinheiro apareceu na face da Terra.O homem aprendeu a contar para poder contar dinheiro.Lucro ilícito é precaução mínimaque você tem que tomar para não ter prejuízo” “Quanto é muito? Quanto é demais! Eu, por exemplo,que vivo no Rio à beira-mar, tenho carro (1998, é verdade) e como nos melhores restaurantes, me considero um homem pobre” A Bíblia do Caos
Millôr Fernandes faleceu no Rio de Janeiro, vítima de parada cardiorrespiratória, no dia 27 de março de 2012.
Agora é com você!
Traduza em imagens um ou mais dos trechos destacados das obras dos autores apresentados. Podem ser fotos, desenhos ou colagens traduzindo a sua interpretação sobre os textos apresentados.
Os trabalhos ficarão expostos na Biblioteca durante todo o mês.
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