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Biblioteca Ativa – Mês do escritor – Agosto – Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues Nelson Falcão Rodrigues nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, no dia 23 de agosto de 1912. Com cinco anos de idade, mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro, onde o pai […]

24 de setembro de 2024 10:04 pm Biblioteca Ativa, Bilbioteca, Destaque

Nelson Rodrigues

Nelson Falcão Rodrigues nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, no dia 23 de agosto de 1912. Com cinco anos de idade, mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro, onde o pai foi tentar a vida como jornalista. Com treze anos já trabalhava como repórter policial no jornal “A Manhã”, um dos jornais fundado por seu pai, Mário Rodrigues. Em 1929, seu pai perde o jornal para seu sócio, mas lança o “A Crítica”.

Em 1936, seu irmão Mário Filho, cronista esportivo, se torna sócio do Jornal dos Sports, do qual Nelson fazia contribuições sobre futebol. A partir de então, escreveu para o Correio da Manhã, para O Jornal, Última Hora, Manchete Esportiva e Jornal do Brasil.

Em 1942 Nelson Rodrigues escreve sua primeira peça, “Mulher Sem Pecado”. Em 1943 surge o teatro brasileiro moderno, com a montagem de sua segunda peça, “Vestido de Noiva”, com direção de Ziembinski .

Em 1944, com o pseudônimo de “Suzana Flag”, Nelson escreve “Meu Destino é Pecar” – publicado como folhetim de 38 capítulos em O Jornal e lançado como livro no mesmo ano – e “Escravas do Amor”. Em 1946, ainda como Suzana, escreve “Minha Vida”, uma autobiografia da personagem, e “Álbum de Família”, que trata de um incesto e por isso foi censurada, sendo liberada somente duas décadas depois.

Em 1951 o jornalista Samuel Wainer fundou o jornal “Ultima Hora”, no qual muitos dos irmãos de Rodrigues trabalhariam, incluindo as mulheres, e no qual Nelson publicaria “A Vida Como Ela É”, uma série de crônicas escritas na coluna diária do jornal.

Desde seu primeiro texto, Nelson Rodrigues foi considerado um imoral, porém moralista, um gênio que escandalizava o público e a imprensa especializada, diante de seus textos que giravam em torno de adultérios, de pecados e de escândalos. Sua peça “Senhora dos Afogados” (1954) foi censurada e liberada só sete anos depois.

Em 1957, Nelson estreia como ator no papel de tio Raul, um dos personagens da peça “Perdoa-me Por Me Traíres”. Em 1960, a peça “Boca de Ouro”, com o universo da reportagem policial, chega aos palcos. No ano seguinte foi “O Beijo no Asfalto”, com grande elenco, que ficou sete meses em cartaz.

Em 1963 estreia “Bonitinha, Mas Ordinária”, “Pouco Amor Não é Amor” e também a primeira telenovela escrita por um ator brasileiro, “A Morta Sem Espelho”.

Em 1965 escreve a polêmica “Toda Nudez Será Castigada”, levada ao cinema em 1973, com direção de Arnaldo Jabor. No ano seguinte estreia a peça “Anti-Nelson Rodrigues” e em 1978, “A Dama do Lotação”, uma crônica de A Vida Como Ela É, estreia no cinema, com a atriz Sonia Braga.

Nelson Rodrigues faleceu no dia 21 de dezembro de 1980, no Rio de Janeiro, após dez dias internado.

Obra de Nelson Rodrugues: A vida como ela é…; Asfalto Selvagem; Engraçadinha (volumes 1 e 2); Meu Destino é Pecar; Núpcias de Fogo; O Casamento; O Homem Proibido; O Óbvio Ululante; A Cabra Vadia; A Sombra das Chuteiras Imortais; A Pátria em Chuteiras; O Remador de Ben-Hur; O Reacionário; A Menina sem Estrela; A Falecida; A Mulher sem Pecado; Álbum de Família; Anjo Negro; Anti-Nelson Rodrigues; Beijo no Asfalto; Boca de Ouro; Dorotéia; Os Sete Gatinhos; Bonitinha, mas Ordinária; Somos Dois; O Desconhecido; Sonho de Amor

Casados há dois anos, eram felicíssimos. Ambos de ótima família. O pai dele, viúvo e general, em vésperas de aposentadoria, tinha uma dignidade de estátua; na família de Solange havia de tudo: médicos, advogados, banqueiros e, até, ministro de Estado. Dela mesma, se dizia, em toda parte, que era “um amor” ; os mais entusiastas e taxativos afirmavam: “É um doce-de-coco”. Sugeria nos gestos e mesmo na figura fina e frágil qualquer coisa de extraterreno. O velho e diabético general poderia pôr a mão no fogo pela nora. Qualquer um faria o mesmo. E todavia…A Dama do Lotação

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Traduza em imagens um ou mais dos trechos destacados das obras dos autores apresentados. Podem ser fotos, desenhos ou colagens traduzindo a sua interpretação sobre os textos apresentados.

Os trabalhos ficarão expostos na Biblioteca durante todo o mês.

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