Fernando Sabino Fernando Tavares Sabino nasceu em Belo Horizonte, no dia 12 de outubro de 1923. Com 13 anos, escreveu seu primeiro texto, para a revista da Secretaria de Segurança de Minas Gerais. Com 15 […]
Fernando Tavares Sabino nasceu em Belo Horizonte, no dia 12 de outubro de 1923. Com 13 anos, escreveu seu primeiro texto, para a revista da Secretaria de Segurança de Minas Gerais. Com 15 anos torna-se colaborador regular das revistas Alterosa e Belo Horizonte, onde publica artigos, contos e crônicas. Em 1941 ingressa na Faculdade de Direito de Minas Gerais e publica seu primeiro livro de contos, “Os Grilos Não Cantam Mais”.
Fernando Sabino muda-se para o Rio de Janeiro em 1944, onde em 1946 conclui o curso na Faculdade Nacional de Direito. Nesse mesmo ano, vai para Nova Iorque, trabalha no Escritório Comercial do Brasil e posteriormente no Consulado Brasileiro. Durante esse período envia crônicas para o diário carioca “O Jornal”. Em 1948 retorna ao Brasil.
Em 1960 passa a colaborar com o Jornal do Brasil. Publica “O Homem Nu” (1960) e “A Mulher do Vizinho” (1962), que recebeu o prêmio Fernando Chinaglia do Pen Clube do Brasil. Nesse mesmo ano, junto com Rubem Braga, inaugura a “Editora do Autor”. Em 1971, em parceria com David Neves, começa a organizar uma série de documentários sobre escritores brasileiros que é lançada em 2006 em curtas e DVD.
Em 1979, depois de 23 anos de iniciada a obra, publica “O Grande Mentecapto”, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti e foi adaptado para o cinema e teatro. Em 1999 recebeu o Prêmio Machado de Assis, pelo Conjunto da Obra.
Fernando Sabino faleceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de outubro de 2004.
Obra de Fernando Sabino: Os Grilos Não Cantam Mais, 1941; A Marca, 1944; A Cidade Vazia, 1950; A Vida Real, 1952; O Encontro Marcado, 1956; O Homem Nu, 1960; A Mulher do Vizinho, 1962; A Companheira de Viagem, 1965; A Inglesa Deslumbrada, 1967; Gente, 1975; Deixa o Alfredo Falar!, 1976; O Encontro das Águas, 1977; O Grande Mentecapto, 1979; A Falta que Ela Me Faz, 1980; O Menino no Espelho, 1982; O Gato Sou Eu, 1983; Macacos Me Mordam, 1984; A Vitória da Infância, 1984; A Faca de Dois Gumes, 1985; O Pintor que Pintou o Sete, 1987; Martini Seco, 1987; O Tabuleiro das Damas, 1988; De Cabeça para Baixo, 1989; A Volta por Cima, 1990; Zélia, uma Paixão, 1991; O Bom Ladrão, 1992; Aqui Estamos Todos Nus, 1993; Os Restos Mortais, 1993; A Nudez da Verdade, 1994; Com a Graça de Deus, 1995; O Outro Gume da Faca, 1996; Um Corpo de Mulher, 1997; O Homem Feito, 1998; Amor de Capitu, 1998; No Fim Dá Certo, 1998; A Chave do Enigma, 1999; O Galo Músico, 1999; Cara ou Coroa?, 2000; Duas Novelas de Amor, 2000; Livro aberto – Páginas Soltas ao Longo do Tempo, 2001; Cartas Perto do Coração – correspondência com Clarice Lispector, 2001; Cartas na Mesa – correspondência com Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino, 2002; Os Caçadores de Mentira, 2003; Os Movimentos Simulados, 2004.
“Por que Viramundo agora se sentia pouco à vontade dentro de igrejas? Era o que ele se perguntava… (…) Que sentido têm as coisas? – o grande mentecapto perguntou a si mesmo, sentando-se num banco da nave àquela hora vazia, e veio-lhe de súbito a consciência da própria mentecapcidade, tão despropositada quanto a minha ousadia em escrever semelhante palavra. Não entendia mais nada de nada – e tal desentendimento o atingia tão fundo, que Geraldo Viramundo pôs-se a chorar.”
O Grande Mentecapto