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Biblioteca Ativa – Mês do escritor – Outubro – Leon Eliachar

Leon Eliachar Leon Eliachar nasceu na cidade do Cairo, no Egito, no dia 12 de outubro de 1922. Veio muito pequeno para o Brasil e se tornou um dos melhores jornalistas de humor da imprensa […]

18 de outubro de 2024 5:36 pm Biblioteca Ativa, Bilbioteca, Destaque

Leon Eliachar

Leon Eliachar nasceu na cidade do Cairo, no Egito, no dia 12 de outubro de 1922. Veio muito pequeno para o Brasil e se tornou um dos melhores jornalistas de humor da imprensa falada e escrita, após ter atingido a idade da razão — ou do disparate, como costumava dizer.  Era tão brasileiro como qualquer brasileiro, embora conste que nunca tenha se naturalizado.

Jornalista desde os 19 anos de idade, trabalhou em diversos jornais e revistas, fixando-se, por último, na “Última Hora”, onde, seguindo o exemplo de Aporelly (o Barão de Itararé nos tempos de “A Manhã”, com “A Manha”), mantinha uma página, às vezes reduzida a meia, com o título de “Penúltima Hora”. Justificava o nome da página com a legenda “Um jornal feito na véspera”.

Colaborador (arrependido, segundo o autor) dos argumentos de dois filmes carnavalescos, foi autor de programas de rádio e secretário da revista “Manchete”.

Em 1956 foi laureado com o primeiro prêmio (“Palma de Ouro”) na IX Exposição Internacional de Humorismo realizada em Bordighera, Itália, por sua definição de humor acima citada, e uma historieta, “O Judeu”, sobre o qual afirmou ter podido escrever sem parecer anti-semita, pois ele próprio era judeu.

Há pouquíssimo material sobre o biografado Leon Eliachar. A maior parte são artigos escritos por ele e por amigos, todos muito bem humorados, cheios de nonsense, o que bem demonstra como era o seu estado de espírito.

Leon Eliachar foi assassinado na cidade do Rio de Janeiro, em 29 de maio de 1987. Segundo o noticiário da época, a mando de um rico fazendeiro paranaense com cuja esposa o autor vinha mantendo um romance.

Obra de Leon Eliachar: O Homem ao Quadrado (1960); O Homem ao Cubo (1963); A Mulher em Flagrante (1965); O Homem ao Zero (1967); 10 em Humor (1968)

“Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer”

“Biquíni são dois pedaços de pano cercado de mulher por todos os lados”

“O homem se casa por descuido. A mulher, por precaução”

”O divórcio é uma chance que se dá ao indivíduo para errar outra vez”

“Pontualidade é a coincidência de duas pessoas chegarem com o mesmo atraso”

“Herói é o sujeito que teve a sorte de escapar vivo”

“Vício é o que sempre estamos fazendo pela última vez”

“Antigamente quando um homem olhava para o tornozelo da namorada era um audacioso. Hoje, um idiota”

“Segredo é isso que vai rolando de ouvido em ouvido e volta sempre com mais detalhes”

“Com a primeira folha de parreira surgiu o primeiro problema da moda feminina: onde colocá-la?”

“A mulher é uma coisa tão complexa que quando o homem chega a compreendê-la o jeito é abandoná-la”

“Este livro é apenas uma pequena parte; tenho material para pelo menos mais dez livros. Depende de você para que os outros dez sejam publicados, é uma responsabilidade que lhe passo. Durma bem”

“Adultério: é isso que liga três pessoas sem uma saber”

“Algumas mulheres são contra o biquíni porque o biquíni é contra elas”

“O homem se casa para ficar em casa. A mulher para sair”

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